O interesse pela arte no mercado brasileiro tem crescido bastante. Nos últimos anos, aconteceram no Brasil exposições muito importantes de artistas internacionais, além de grandes eventos em centros culturais e museus. Tudo isso têm contribuído para que mais pessoas desejem ter uma coleção de arte em casa.
“As pessoas podem não ter dinheiro para comprar uma obra de arte, mas conseguem ir com a família, em um final de semana, ver excelentes exposições em locais como o Masp, a Pinacoteca e o Instituto Tomie Ohtake, por exemplo, com obras que valem milhões. Então, mesmo que nem sempre seja possível colecionar obras, pode-se colecionar experiências visuais, pois a arte é muito ligada ao olhar”, afirma o art advisor Alexandre Spinola.
Para o consultor, o mito de que as obras de arte são muito caras alimenta a magia que a arte possui. Mas isso é algo pontual. “Essas notícias que surgem sobre obras caríssimas, que são arrematadas em grandes leilões internacionais, ocorrem apenas com artistas extremamente consagrados, que estão em vários museus. É algo para mega colecionadores, mas serve também de motivação para que as pessoas se iniciem no colecionismo”, ressalta.
O consultor afirma que São Paulo tem muitos colecionadores, representando dois terços do mercado brasileiro. “Às vezes um colecionador tem 50 obras, o que não é muita coisa, com um ticket médio baixo, de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Muita gente coleciona obras com valores condizentes com o padrão de vida da família, abandonando o mito do caro. Tem opções para todos os gostos e bolsos”, garante Spinola.
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Segundo Spinola, quem quiser iniciar uma coleção de arte em casa deve ir a exposições e inteirar-se para saber qual estilo deseja ter no seu acervo: como geométrico, abstrato, street art, entre outros. Deve-se, também, analisar se as obras terão pequenos ou grandes formatos, se serão fotografias, pinturas ou esculturas.
Por exemplo: quem mora em um apartamento pequeno precisará ter obras de pequenos formatos. É preciso escolher de acordo com a sua realidade, o espaço e o valor que pode gastar.
Para calibrar o olhar, o interessado em formar a coleção deve ir às exposições e ver o currículo dos artistas. Toda obra tem uma história, então é importante saber qual é a poética e a identidade do autor.
Procure comprar as obras em galerias, peça certificado de autenticidade para validar a obra e não correr o risco de falsificação!
“Mas, antes de tudo, ouça o coração! Sinta o que os olhos veem. Então, se você bater o olho, sentir prazer, empatia, emoção ou alegria é porque aquela obra combina com você. A principal dica é perceber o que a obra te passa de emoção no primeiro momento”, aconselha Spinola.
Para quem tem poucos recursos para investir em uma coleção de arte em casa, a dica é frequentar exposições, conviver no universo da arte, sentir a emoção e refletir sobre as obras, além de fazer cursos. Quem não puder comprar quadros e pinturas pode começar no mercado de edições, que são principalmente gravuras e fotografias, obras que são numeradas.
“Uma gravura custa cerca de R$ 1 mil a R$ 2 mil e fotografias, de R$ 2 mil a R$ 5 mil, com obras de boa qualidade, de artistas com currículos já reconhecidos. Outra opção é começar com artistas em início de carreira, cujas obras são mais baratas. Fazendo isso, você ajudará novos talentos”, afirma o consultor.
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Na verdade, a obra tem que conviver com a casa. Não é necessário ter nada especial. O local precisa ser arejado, ter boa iluminação e é importante que não bata sol nas peças, pois isso danifica as obras. Trabalhos feitos em papel devem ficar em um lugar que não tenha umidade.
Colecionadores experientes, porém, costumam ter alguns recursos mais sofisticados, como controle de temperatura, por exemplo - mas isso normalmente é usado em grandes coleções.
“O colecionador convencional não precisa se atentar a tantos detalhes. O mais importante é ter prazer de ver a obra naquele local. O melhor ambiente é muito pessoal. É claro que uma obra com mais valor, mais destaque, de um artista renomado, que já participou de uma exposição, será colocada na parede principal da casa, seja na sala de estar, na sala de jantar ou em outro local da preferência do dono da casa. Tem gente que coloca obra no teto, no banheiro - isso é muito pessoal, não tem regra”, diz o consultor.
Alguns cuidados especiais para ter uma coleção de arte em casa:
Faça a limpeza com espanador e pano úmido, sem usar produtos químicos.
Manuseie a obra com cuidado para não cair ou arranhar.
Esteticamente, para instalar uma única obra na parede, o meio da obra deve ficar a 1,60 metro de distância do chão. Assim, ficará na altura do olhar das pessoas.
No caso de ter um sofá, a obra deve ser colocada 20 cm acima do móvel. Tenha o cuidado de compor o ambiente, que deve ficar esteticamente harmonioso.
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